BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de um jantar reservado com o grupo de advogados Prerrogativas, na noite desta sexta-feira (13), onde fez brincadeiras e fez projeções. As informações são da CNN Brasil.

Em certo momento, Haddad relembrou uma situação vivida no final de 2023, primeiro ano do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando tentava aprovar, no Congresso Nacional, a taxação dos fundos dos “super-ricos” fora do país.

“Nunca é fácil. O ateu não resiste ao Ministério da Fazenda”, disse, ao afirmar que ali, “segurou a santinha”.

Nos últimos dias, Haddad  viveu um dos momentos mais difíceis como ministro da Fazenda na relação com o Congresso Nacional, quando partidos do Centrão indicaram rejeitar as medidas fiscais enviadas por ele como alternativa ao aumento do IOF.

Ainda no evento de sexta-feira, Haddad minimizou a influência da situação das contas públicas sobre o resultado das eleições de 2026. Para ele, “gastar mais não vai reverter ou inverter nada” nas eleições, e o tamanho do déficit “não vai resolver a eleição”. O ministro acredita, ainda, que um aumento de gastos não melhoraria a popularidade de Lula. E aproveitou para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

“Não poderíamos fazer o que o Bolsonaro fez para 2022: dar calote em precatórios e cortar o ICMS dos Estados. Não tem ambiente político para isso”.

Haddad ainda disse que falta “isonomia” nas cobranças a governos de diferentes espectros políticos quanto ao equilíbrio das contas públicas. Na visão do petista, a gestão de Lula é “consideravelmente” mais cobrada que a de governos conservadores, mesmo com o país registrando déficit estrutural há mais de dez anos.

No jantar, o ministro também disse que busca o equilíbrio fiscal por “propósito” e que “acredita no que está fazendo”: “não estou vendendo algo que não sou”.